domingo, 16 de março de 2008

Domingo de Ramos

Hoje é Domingo de Ramos. Enquanto se faz uma tese, os dias esfumam-se, as semanas voam e o ciclos solares deixam de corresponder às rotinas a que nos vamos agarrando, quais bóias de salvação por essa vida fora. Já me acontece deixar de saber em que dia da semana me encontro. Os meus dias são as noites e as manhãs são um terror donde desperto depois de muito café.

Este ano, a minha Páscoa vai ser passada a escrever a tese. Não consigo deixar de me sentir culpada por isto, mas espero o incondicional perdão divino. Espero redenção, paz e agradeço por tudo, inclusivamente pelas dores da alma e pelo cansaço que teima em não me largar. Agradeço por ainda ter vontade de fazer isto, ainda quando tudo parece desagregar-se e ruir à minha volta. Agradeço as circunstâncias adversas, o tempo que escasseia e a vontade que tenho de transformar isto em algo que fique para depois de mim mesma.

Depois disto, vou a correr para o Alentejo e nem tão cedo me põem a vista em cima.

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