terça-feira, 22 de setembro de 2009

Há verdades que são vidros aguçados a roçarem-nos os pulsos. Há verdades que são fundas como abismos e negras como a noite. Há verdades que são vozes estridentes noite e dia nos nossos ouvidos. Outras há ainda que são alucinogéneos que nos vão permitindo fazer uma vida normal. Todas elas são insuportáveis e decepcionantes.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Medo cru, em estado bruto. De arestas afiadas, que me espicaçam a cada momento em que percorro os caminhos da Dúvida. Dúvida com maiúscula, velha, insidiosa e incómoda, sempre irmanada do medo que me persegue, dia e noite.
Queria ter um sítio onde encostasse a cabeça e pudesse dizer: «protege-me, tenho tanto medo!». Mas esse sítio não existe. Não há ser que me proteja desta coisa irracional e castradora que é o medo, que me cresce como se fosse os meus cabelos ou as minhas unhas. Medo, medo, só medo. Medo de nada em concreto, medo intransitivo, self sufficient, mas um grande e poderosíssimo medo.