segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sou mais do que uma sobrevivente. Sou uma lutadora nata, sou uma desafiadora das condições, uma mulher inquieta e insatisfeita que se recusou a ficar à espera de qua vida lhe acontecesse. Aconteceu-me ser e do meu ser fiz o que entendi. Não peço desculpa pelo que sou; às vezes, peço -e sei pedir- desculpa pelo que faço. Mas tento sempre que aquilo que faça seja eu mesma. Nunca desisti de nada na vida e isso causou-me grandes nódoas negras de todos os tipos. Fiquei marcada por coisas com que hoje lamento ter sofrido. Não preferia não ter passado por elas; lamento apenas que me tenha exposto à dor que me causaram. Hoje já não me desiludo e magoo-me cada vez menos. Isso prova que sou capaz de aprender a ser melhor. Ser inteligente não me garantiu nunca ser melhor. Em miúda diziam-me que nunca esperasse que os outros pensassem e agissem à minha velocidade. Hoje sei- porque sou mais sábia- que existem pessoas melhores do que eu na arte de viver e estou permanentemente disposta a aprender o que o seu viver me ensina.
Ich bin ein ja Sagender. Grande Nietzsche. Esse sim, sabia-a toda. E sabia-me a mim como ninguém.

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