sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Vou desistir de ti. Vou desistir desta instância de dor, desta guerra de tricheiras que nenhum de nós teve coragem para declarar ao outro. Vou desertar, sem te mostrar a bandeira branca da rendição, porque acho que (irás perceber depois) ganhei.
Vou bater em retirada e, descansa, não deixarei minas no campo de batalha nem nos corpos dos mortos que medeiam o espaço que temos vindo a cavar entre nós. Só não me peças para assinar nenhum armstício porque, meu caro, comigo as guerras não comportam tréguas nem, muito menos, capitulações. Não penses que me exibes como troféu de caça a todos quantos irás contar o que pensas saber de mim. Não sabes nada, porque ficaste sempre nesse terreno perigoso demais para se pisar que é a margem de mim.
Depois disto, não irei desperdiçar mais mísseis contigo. Não vais ser inimigo de guerra, vais ser coisa nenhuma.

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