domingo, 19 de julho de 2009

Há relações amorosas e relações amorosas. As possíveis dão-se entre iguais, ao passo que as improváveis nascem da comiseração do mais forte pelo fraco que é chamado a preencher um certo vazio do (aparentemente) mais forte.

O amor entre iguais é tramado. É uma guerra de trincheiras permanente, uma tentativa permanentemente ensaiada no sentido da liquidação do outro que, não obstante, se ama como só os fortes são capazes de amar.

O amor entre fortes e fracos é auto e hetero-comiseração. Mas produz muito menos nódoas negras sentimentais.

O amor entre iguais é solidão, desespero e mágoa até à aniquilação total do outro. E, estranhamente, esse é que é amor, daquele que magoa até fazer sangue.

Dito isto, só me resta continuar a adquirir embalagens de Hirudoid como forma de fazer face às mazelas resultantes das minhas escolhas.

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