quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Natal

É espantoso como reagimos pavlovianamente a datas. A números que assinalam dias e que nada mais são do que uma ficção auto-imposta pela humanidade que, cautelosa, tem medo de perder a noção dos tempos (no plural, porque no singular, esta palavra significa nada).
E isto acontece com especial acuidade quando de datas de festividades católicas se trata. Curiosamente, a sociedade pós-moderna em que vivemos, reage assim.

Eu detesto datas festivas: Carnavais, Páscoas, Natais, são coisas que me exasperam. E exasperam-me a um ponto que eu só penso: oxalá que passe depressa e sem mais mazelas...

De há oito anos para cá, o meu Natal coincide sempre com: primeira leva de testes da Faculdade, prepração de aulas de mestrado, preparação dos exames à Ordem dos Advogados. Este ano, tenho a minha tese nos braços e tudo o que não seja Direito Penal vai ficar à porta do meu quarto, a bater, incessantemente, enquanto diz: quando é que sais daí?

Por todas estas razões, avizinha-se mais um Natal de luta contra o mundo, de luta contra as circunstâncias, até que a minha tese veja a luz do dia.

Oxalá passe depressa.

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