quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Saudades

Saudades de ti. Insuportáveis, cada vez mais e sempre que te lembro no absurdo da tua morte. Saudades irremediáveis, de tudo o que nunca me disseste, de tudo o que não te ouvi. Apenas um silêncio, centrípeto e fechado num nó que não se desata, num espaço que não se preenche no meu coração. Tanto tempo te tive que te criei imortal. Partiste há dois anos, sem doença que avisasse o caprichoso prenúncio dos deuses. Desde então, a dor de te pensar, única maneira de continuares a existir em mim, aplaca-me as palavras à invocação do teu nome e um silêncio cada vez maior cresce no espaço que em mim ficou vazio de ti.

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