terça-feira, 3 de abril de 2007

O Aniversário de Xerazade

Xerazade ia fazer anos. Em vez de recorrer a um génio prisioneiro de uma lâmpada, mandou sms às amigas a dizer que queria que passassem o fim-de-semana de 24.03 com ela. Nada mais disse. Houve quem, não reconhecendo o número do telemóvel, se enchesse de auto-convencimento, pensando que os seus dias de fêmme fatale tinham regressado e que se tratava de um convite de um amante esquecido.

Lá foram as três, pelo comboio que, pelas oito e meia da madrugada de sábado, partia de Olissipo para Beja. Do comboio, ficou o inesquecível sabor a sugus de limão que alguém descobriu no bar. Muitas fotografias. A planície estendia-se no sol de Março. Não se pensava no que tinha ficado a esperar por nós em Olissipo. Tudo diminuia de tamanho à medida que a pouca velocidade do comboio ganhava distância da cidade.

Já à tarde, vimos a Senhora do Castelo e, lá em baixo, a planície vermelha, sob a qual os homens têm escavado as entranhas da terra desde há mais de vinte séculos. Planície a perder de vista, longe de Olissipo. À meia distância, lagoas avermelhadas pela água forte, preenchiam a planície.

De noite, Xerazade e as amigas prepararam-se para a festa. Xerazade de preto. Sibila de Preto. Foi a primeira vez que Xerazade escolheu a cor da Sibila e correu-lhe lindamente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi tão bom não foi?!

Continuo a tentar voltar para perto de vocês...

E enquanto não vou definitivamente vou arranjando mini-férias. Avizinham-se outras no final de Abril