domingo, 26 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
Há relações amorosas e relações amorosas. As possíveis dão-se entre iguais, ao passo que as improváveis nascem da comiseração do mais forte pelo fraco que é chamado a preencher um certo vazio do (aparentemente) mais forte.
O amor entre iguais é tramado. É uma guerra de trincheiras permanente, uma tentativa permanentemente ensaiada no sentido da liquidação do outro que, não obstante, se ama como só os fortes são capazes de amar.
O amor entre fortes e fracos é auto e hetero-comiseração. Mas produz muito menos nódoas negras sentimentais.
O amor entre iguais é solidão, desespero e mágoa até à aniquilação total do outro. E, estranhamente, esse é que é amor, daquele que magoa até fazer sangue.
Dito isto, só me resta continuar a adquirir embalagens de Hirudoid como forma de fazer face às mazelas resultantes das minhas escolhas.
O amor entre iguais é tramado. É uma guerra de trincheiras permanente, uma tentativa permanentemente ensaiada no sentido da liquidação do outro que, não obstante, se ama como só os fortes são capazes de amar.
O amor entre fortes e fracos é auto e hetero-comiseração. Mas produz muito menos nódoas negras sentimentais.
O amor entre iguais é solidão, desespero e mágoa até à aniquilação total do outro. E, estranhamente, esse é que é amor, daquele que magoa até fazer sangue.
Dito isto, só me resta continuar a adquirir embalagens de Hirudoid como forma de fazer face às mazelas resultantes das minhas escolhas.
sábado, 18 de julho de 2009
R., carregas cataclismos dentro de ti. O teu corpo de menina alberga mortes em estado de latência, à espera que alguém dê uma ordem assassina através de um qualquer improvável detonador.
Esperas ansiosamente pelo dia em que a explosão saia de dentro das tuas entranhas e que te transformes em pó, descendo suavemente, sobre a terra, onde, finalmente, encontrarás paz.
Esperas ansiosamente pelo dia em que a explosão saia de dentro das tuas entranhas e que te transformes em pó, descendo suavemente, sobre a terra, onde, finalmente, encontrarás paz.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Do silêncio
O silêncio é garante da paz à nossa volta. À minha, pelo menos. Se eu dissesse o que penso, metade da humanidade engoleria a outra metade. Os oceanos submergiam os continentes, o planeta ruiria sobre si próprio, numa série de cataclismos desenfreados. Isto, claro está, depois de eu dizer a uma metade o que a outra metade me diz daquela. E o pior seria quando eu dissesse o que penso sobre cada uma das metades.
O silêncio é, muitas vezes, o preço que se paga pela paz, seja esta podre ou sadia.
Há dias, contudo, em que o silêncio não chega para garantir a sanidade. São necessárias sessões de auto-psicanálise para que eu não desate a dizer tudo o que penso e que o trágico desfecho, que antevejo sempre como possível, se consume.
Subscrever:
Mensagens (Atom)