Estás na margem esquerda de mim, nesse terreno perigoso que desisti de percorrer, com medo de me encontrar com aquilo em que me tornei. Estás mergulhado na face mais negra de mim, onde enterrei dúvidas e esperanças, à espera que morressem, nesse lugar de onde não há ressurreição possível. És o único habitante dessa terra de ninguém, mergulhada na escuridão da minha indiferença e onde só encontras cinzas daquilo que eu fui, num tempo demasiado longínquo para sobreviver à minha memória mutilada.
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