De repente, há uma face de nos que é já passada, mas ainda tão presente, dotada de uma persistência que não esmorece, ancorada numa esperança do que já foi, e do que ainda agora é, mas que é já memória furtiva, esboço desse ter sido que somos nós, num tempo tão outro, mas tão hoje. E é só quando fragmentos desse tempo, doutro lugar, vêm, inusitadamente, romper o manto de esquecimento que se adensa, dia a dia, que descobrimos que, afinal, somos ainda o que éramos, talvez um pouco outras, talvez um pouco mais ou menos outra coisa, mas sempre as mesmas.
Parece que foi ontem.
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