Correm, desabridas, desgovernadas, rolam-me cara abaixo e não há dique social nem opacidade que disfarce o efeito que esta canção tem em mim. Ouvi-a, pela primeira vez, no Alentejo, em Março passado, num fim-de-semana em que chorei todas as lágrimas que havia em mim.
Cada vez que oiço isto, elas aparecem de novo, marejam-me os olhos e percebo que i'm getting old and i need something to rely on. E isto dói que não é brincadeira.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
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3 comentários:
Há momentos assim, em que uma conjugação de ondas sonoras tem o efeito de toda a poesia e de todas as tragédias conjugadas, e mais qualquer coisa que não se traduz em palavras. E por isso mesmo nos toca onde julgávamos estar a salvo. São os momentos em que estamos mais perto da nossa própria verdade.
E dói como tudo.
vistadalua
Já sabes que tenho uma colecção infindável de músicas que me põe assim - a minha jukebox mental, como lhe chamas - mas já agora digo-te qual a música que ultimamente oiço como se a tivesse sempre sabido de cor, mas que se disfarça com auxílio de uma bateria invulgarmente activa: time, pink floyd.
É verdade, ouvi agora que o teu eddie veder (é assim que se escreve? desculpa o sacrilégio...) editou um álbum a solo.
Pois é, «Time» é uma grande música. Curiosamente (ou talvez não, já que o tema é comum) faz doer no mesmo sítio que esta dos Keane.
bjs,
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