terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ressureição

Em tempos de mudança, de regresso ao estudo e de aposição de uma espera que se quer longa nos afazeres mundanos, reincidi em Tolstoi. Como em todas as reincidências, o fulgor da leitura pasma-me em cada parágrafo. Descobri uma pérola negra, feita das paixões indómitas da juventude que, na maturidade, se atiram à cara dos protagonistas com a violência do sentir como só os russos a sabem pintar. No meio de tudo isto, um erro na apreciação da prova num processo penal onde um amante se vê na pele de um jurado. E a culpa, a maldita da culpa, a provar que não há tratadista de Direito Penal que, neste assunto, bata os russos. Eles sabem-na toda.

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