quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Dores

Aos 26 ter dores no corpo foi coisa que nunca me passou pela cabeça. Incapacitada, arrasto-me para o escritório, onde toneladas de trabalho, de gente aflita de viver, se acumulam em cima de mim todos os dias.

Rastejo, dia fora, por todos os ramos do Direito, nele poucas vezes encontrando resposta. Asorte dos meus clientes está na minha poesia e na minha dança, não na ciência do Direito que tenho vindo a acumular. O corpo trai-me todos os dias: nasci com a resistência física de uma Ofélia e o destino reservou-me a tarefa de comandar exércitos. O pior é que as batalhas mais sangrentas têm lugar quando este corpo decide armar-se em filho da mãe.

3 comentários:

Anónimo disse...

Minha linda... A ver se o gás chega hoje... para depois convidar-te para um jantarzinho (miserável, porque não ser cozinhar)

Porque às vezes, mesmo com dores, uma companhia faz muito bem... melhor que qualquer aspirina...

Biejos

sibila disse...

;) Minha querida... que bom. Eu ajudo na cozinha, já sabes...

bêjos

Isabel Moreira disse...

obrigada. estou a lê-la.