De repente, o susto e o medo atingem o vórtice numa dor que me deixa dormente. Lá fora, o trânsito aflito, de carros com gente dentro e com outras vidas dentro delas, impede a descida do silêncio. O ocaso chega, devagarinho, e percebo que nem o mundo nem o ciclo da natureza se interrompem à espera que eu cole, pacientemente, os cacos de mim.
Percebo que tenho de agir. Outra e outra vez. Ou fazer como alguns animais marinhos: fazer-me de morta até que o predador bata em retirada.
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2 comentários:
Momento National Geographic com implicações insuspeitadas para a moral da história: sabias que no mundo marinho quem mais simula a morte são os predadores, esperando atrair as presas incautas?
vistadalua
Minha querida,
Como sempre, tens razão. Eu renventei um mmento national geographic para me justificar e, como a miha leitora é uma pessoa informada- mais do que eu- dei-me,escandalosamente, mal.
beijinhos
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